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Nossa história

Quem foi o benemérito Rodrigo Fernandes Duarte?

Nascido em 1764, na freguesia de São Martinho de Lordello, na cidade de Porto, em Portugal, Rodrigo Fernandes Duarte era filho legítimo de Manoel Fernandes Duarte e Anna Maria da Conceição.

Após tornar-se órfão, em tenra idade, estima-se que ainda moço, veio ao Brasil e instalou-se na Vila do Rio Grande. Foi comerciante e, na localidade, obteve fortuna, consideração e influência.

Não são de amplo conhecimento detalhes de sua vida mas, dentre suas ocupações, destacou-se também nos cargos de almoxarife dos armazéns reais, recebedor das cinzas (tributos para urgências do Estado), depositário público, juiz almotacés (responsável por cuidar da igualdade dos pesos e medidas de mercadorias, etc) e vereador da Câmara Municipal.

Ele foi o principal líder comunitário que conduziu a população da Vila sobre a importância de abrir um local para tratar os enfermos e necessitados. Também foi seguidor dos ideais e legados das Rainhas Santa Isabel e D. Leonor, sobre obras de misericórdias.

Todos os seus bens de raiz  – seis (6) casas – e dívidas ativas, foram doadas à Irmandade, com a condição de lhe ser concedida uma pensão, enquanto vivesse, e de uma residência fixa no interior do hospital.

Em 22 de março de 1835, a mesa da Irmandade do Espírito Santo e Caridade mandou fazer um retrato de meio corpo de Rodrigo Fernandes, o qual foi colocado na sala de honra da instituição como forma de gratidão por sua benevolência.

Ele faleceu às 23h de 2 de março de 1837. Foi sepultado na capela de Nossa Senhora do Monte do Carmo, na noite do dia seguinte. Em 14 de fevereiro de 1841, seus restos mortais foram transportados para o oratório da Santa Casa, depositados em uma urna de jacarandá, com inscrições em prata. Atualmente estão na capela Nossa Senhora da Piedade, no cemitério local.

Uma rua, na Vila São Miguel, situada no município, carrega seu nome em homenagem.

“Toda sua vida de trabalho, dedicação e filantropia, pode-se resumir na frase: se mais tivera, mais vos daria”;  (PG 44, Santa Casa do Rio Grande, a saga da misericórdia)